Morreu na manhã desta quinta-feira (23) o cantor e compositor Sérgio Ricardo, aos 88 anos, em função de uma insuficiência cardíaca. O músico estava internado no Hospital Samaritano, na zona sul do Rio de Janeiro, desde abril deste ano, após ser diagnosticado com COVID-19 – e, mesmo tendo se recuperado da doença, precisou permanecer no hospital desde então. A notícia foi dada através de uma publicação em seu perfil no Instagram:
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Responsável por uma discografia de mais de dez títulos, Sérgio Ricardo se estabeleceu como um importante nome da Bossa Nova nos anos 1960 e participou, em 1962, do Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova York (EUA), ao lado de Carlos Lyra, João Gilberto, Roberto Menescal, Sérgio Mendes, Tom Jobim e outros nomes do movimento. No Cinema, Ricardo se destacou graças principalmente à sua parceira com Glauber Rocha, encarregando-se de compôr as trilhas de Deus e o Diabo na Terra do Sol, Terra em Transe e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro (três dos filmes mais marcantes da História do Cinema brasileiro).
Além disso, Sérgio Ricardo também dirigiu, escreveu e compôs as trilhas de Menino da Calça Branca (no qual atuou), Esse Mundo é Meu (baseado em sua canção homônima e no qual também atuou), Juliana do Amor Perdido, A Noite do Espantalho, Pé Sem Chão e Bandeira de Retalhos. Seu enterro está previsto para ocorrer na tarde de amanhã (24) no Cemitério de Cacuia, na Ilha do Governador, porém será restrito à família.