Morreu na tarde desta quarta-feira (19) o renomado Rubens Ewald Filho, considerado um dos principais nomes da Crítica brasileira. Aos 74 anos, o jornalista foi internado no Hospital Samaritano no último dia 23 de maio, após sofrer um mal súbito em um shopping em São Paulo, desmaiar e cair em uma escada rolante.
Desde criança, Rubens tinha o hábito de anotar todos os filmes aos quais assistia em um caderninho, junto às cotações e fichas técnicas de cada um dos títulos. Ao longo de sua vida, o crítico viu mais 37 mil obras cinematográficas e começou sua carreira escrevendo no jornal A Tribuna. De lá para cá, passou por diversos outras jornais, revistas, sites e canais de televisão, chegando a trabalhar na Rede Globo e estabelecendo-se como apresentador oficial do Oscar por mais de 30 anos.
Além disso, Rubens trabalhou como roteirista em novelas (Gina, Éramos Seis, Drácula: Uma História de Amor, etc) e filmes (A Árvore dos Sexos e Elas São do Barulho, ambos dirigidos por Silvio de Abreu), além de ter dirigido peças teatrais e de ter participado como ator em longas como As Gatinhas, Independência ou Morte e Amor, Estranho Amor.
Rubens Ewald Filho foi um dos nomes que mais se destacaram na Crítica brasileira justamente por tentar humanizar a figura do crítico e por contar com uma memória preciosa (qualquer um que o tenha conhecido pessoalmente diz ter ficado impressionado com os detalhes que ele sabia). Que descanse em paz.