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Cannes 2021 | Estreia de filme de Karïm Ainouz termina com protesto contra Bolsonaro

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Na tarde desta sexta-feira (9), o cineasta cearense Karïm Ainouz (Madame Satã; O Céu de Suely; Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo; Praia do Futuro; A Vida Invisível) exibiu pela primeira vez seu mais novo filme, Marinheiro das Montanhas, como parte da mostra Sessão Especial. Como não poderia deixar de ser, a exibição foi marcada por novos protestos contra o atual presidente brasileiro, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), tornando-se a segunda vez em poucos dias de Festival que o governante é alvo de críticas – a primeira foi na cerimônia de abertura, quando Kleber Mendonça Filho e Spike Lee se posicionaram duramente contra as políticas do chefe de Estado brasileiro.

A democracia brasileira respira por aparelhos. Parece que falar do Brasil hoje é falar de um ente querido que está entre a vida e a morte. O mundo precisa agir urgentemente para frear este governo cuja maior especialidade é destruir e matar deliberadamente.“, disse Anouz logo antes da sessão de Marinheiro das Montanhas começar. Assim que o filme acabou, contudo, um grupo de profissionais envolvidos nos quatro filmes que representam o Brasil no Festival (os outros três são Cantareira, O Céu de Agosto Sideral) estenderam uma faixa vermelha contendo os dizeres: “Brasil: 530 mil mortos – Fora Gângster Genocida” – em referência às vítimas de COVID-19 no país e às políticas negacionistas de Bolsonaro (que recusou mais de 100 emails de ofertas da farmacêutica Pfizer, desacreditou o uso de máscaras, imitou debochadamente pessoas com falta de ar e estimulou aglomerações, atos antidemocráticos e o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes).

(O vídeo do protesto pode ser conferido acima, via Uol.)

Ocorridas durante o momento mais crítico da gestão de Bolsonaro (cujo governo agora enfrenta denúncias graves de corrupção e irregularidades na compra de vacinas, com direito a suspeitas de atrasos propositais no acordo com a Pfizer a fim de permitir o superfaturamento da indiana Covaxin), as vaias e os gritos de “Fora, Bolsonaro” foram sucedidas por 15 minutos de aplausos ao filme novo de Karïm Ainouz – que, por sua vez, ainda não tem previsão de estreia no Brasil.

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