Em nota enviada aos produtores inscritos na Mostra Première Brasil 2020, a direção do Festival do Rio anunciou que a 22ª edição do evento, até então marcada para dezembro, foi adiada para 2021. De acordo com Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio, a decisão veio em função das dificuldades financeiras enfrentadas pelos organizadores e da crise sanitária trazida pela pandemia de COVID-19. Ainda assim, os responsáveis pelo evento dizem estudar a possibilidade de realizar um evento híbrido, juntando sessões presenciais e exibições online, ainda no primeiro semestre do ano que vem – numa decisão que anteciparia, também, a 23ª edição do Festival do Rio, que deve acontecer, como de hábito, no último trimestre de 2021.

“O Festival do Rio está trabalhando ao lado de seus patrocinadores e parceiros. E vislumbramos uma cidade renascendo com uma nova prefeitura. Canais de TV e plataformas de streaming, exibidores e distribuidores, parceiros institucionais e institutos culturais, todos queremos e precisamos do Festival. A cidade precisa do Festival. Mas, sobretudo, os produtores nacionais precisam de uma vitrine como a Première Brasil. A ideia é realizar projeções especiais ao longo do primeiro semestre de 2021 como forma de manter viva a relação do público com a Première Brasil e com o Festival.“, afirmou Santiago.

Para a edição de 2020 (que, agora, vai para 2021), cerca de 700 filmes foram inscritos; entre curtas e longas de ficção e de documentário. Os participantes oficiais da Mostra Première Brasil serão anunciados no dia 21 de dezembro e os filmes escolhidos serão incluídos no evento híbrido que deve ocorrer no primeiro semestre de 2021. Nas últimas três edições do Festival do Rio, nós do Depois do Cinema estivemos lá para cobri-las – e, entre as críticas publicadas em 2019, estão as de Adoráveis Mulheres, A Interrupção, Os Miseráveis, Um Lindo Dia na Vizinhança, Retrato de uma Jovem em Chamas, O Farol, Jojo Rabbit e Honey Boy: O Preço do Talento.