Senhoras e senhores, isto foi o que escrevi quando 2018, aquele ano horroroso, chegou ao fim:
“(…) E o pior é que nem sei se devo agradecer por 2018 estar acabando, já que tudo que rolou neste último ano pode não ter sido nada além de uma preparação para o que virá a seguir. Então… vamos tentar atravessar 2019 da melhor maneira possível, ok? Afinal, ainda estamos aqui. 🙂”
Uau! De fato, 2019 não poderia ter se revelado um sucessor mais apropriado para 2018 – e não, isto não é um elogio. De 1º de janeiro até aqui, o ano como um todo se mostrou, no mínimo, surreal. E não adianta: nada poderia nos preparar para as dores de cabeça, crises emocionais constantes, nervos à flor da pele e indignação que inevitavelmente viria a se converter – ao menos, para mim – em um cansaço físico difícil de controlar.
Sim, 2019 me deixou cansado e, muitas vezes, fisicamente abalado. O sentimento hoje em relação ao Brasil, em particular, é o de pura exaustão – afinal, todas as demonstrações de violência que saem das bocas dos atuais governantes e/ou que ocorrem nas ruas são recebidas com aplausos de psicopatas nas redes sociais. A impressão que dá é a de que os valores estão invertidos: a barbárie será celebrada; o amor será massacrado; o retrocesso e a ignorância serão recompensados; covardes serão chamados de “heróis”; etc. Aliás, chegou um momento em que todo dia saía uma notícia absurda, daquelas de revirar o estômago – e é difícil passar por isto sem sentir que suas energias estão sendo sugadas. É praticamente impossível chegar ao fim de 2019 sem se sentir esgotado.
Como se não bastasse, foi um ano marcado por inúmeras mortes de pessoas famosas: Bibi Ferreira; Lúcio Mauro; Henry Sobel; Paulo Henrique Amorim; Jorge Fernando; sua mãe, Hilda Rebello; Fernanda Young; Agnès Varda; Marcelo Yuka; Beth Carvalho; Doris Day; Bira; André Matos; Domingos Oliveira; Caio Junqueira; Serguei; Stanley Donen; Anna Karina; Peter Fonda; John Singleton; Zilda Cardoso; Peter Mayhew; Rutger Hauer; Rubens Ewald Filho; Gugu Liberato; Ricardo Boechat (este último, confesso, foi o que mais me comoveu ao partir).
E Nelson Hoineff. Ah, Nelson. Este foi um caso à parte: não só era um profissional conhecido e respeitado; foi também uma pessoa com a qual pude manter um contato próximo por um tempo considerável. Assim que entrei no primeiro período da faculdade de Cinema, me tornei aluno de Nelson e não demorou até que nós dois começássemos a nos dar muito bem. E, ao longo de 2019, vivi uma aventura particular com Nelson: em março, ele me chamou para um trabalho (conto mais detalhes em breve), o que me permitiu vê-lo com frequência em seus últimos meses de vida. Mesmo em seus momentos mais frágeis, Nelson ainda era uma pessoa sonhadora, capaz de conversar com qualquer um de igual para igual e de perceber no outro o potencial para surpreender. Foi um cara admirável, portanto – e, no dia em que ele faleceu, escrevi um pouco a seu respeito aqui.
Enfim, 2019 foi complicado.
Por outro lado, para mim, também foi um ano repleto de acontecimentos marcantes: trabalhei com Nelson; escrevi um artigo para o catálogo de uma mostra sobre François Truffaut; cobri o Festival do Rio pelo terceiro ano consecutivo; conheci um monte de pessoas maravilhosas dentro do meio da Crítica cinematográfica; tive uma semana de aula com o próprio Pablo Villaça; acompanhei de perto várias oportunidades de amigos queridos meus; e – não menos importante – abri um site profissional, o que me deixou em um nível de empolgação que até hoje não diminuiu. Assim, confesso que ainda vejo 2019 de forma um pouco ambígua: por um lado, foi um ano horroroso para o mundo (e negar isto me soa meio insensível); por outro, também foi um ano cheio de realizações para mim, então… não sei até que ponto posso reclamar.
Além disso, foi disparado o ano mais produtivo de toda a minha vida: assisti a mais de 300 filmes, publiquei 70 críticas por aqui (considerando as outras 82 que escrevi para o Vertentes do Cinema, foi um total de 152) e realizei uma penca de projetos na faculdade. Estes, inclusive, me levaram a um profundo esgotamento físico/emocional/psicológico. Sim, tive burnout, tive minhas crises, mas… tudo já está passando. Agora, só preciso descansar um pouco.
Por fim, devo agradecer a todos vocês que me acompanharam até aqui e que leram/compartilharam/comentaram o que andei publicando aqui no Depois do Cinema. Neste sentido, 2019 foi um ano especial – e adianto que já estou fazendo meus planos para 2020, buscando profissionalizar ainda mais este espaço.
Vocês todxs são uns amores! Obrigado por tudo – e que 2020 seja o melhor possível. Acreditem: eu desejo isto do fundo do coração. <3
Mas agora, vamos ao que interessa: as listas dos melhores e dos piores filmes aos quais assisti em 2019. Antes, no entanto, é bom relembrar um pequeno detalhe: estas seleções dizem respeito somente às produções lançadas comercialmente no Brasil entre 1º de janeiro de 31 de dezembro. Ou seja: há filmes que são de 2018, mas que, como só chegaram por aqui em 2019, acabaram figurando por aqui. Da mesma forma, há obras que foram produzidas já em 2019, mas que só chegarão ao Brasil em 2020 e que, portanto, aparecerão nas listas do ano que vem (O Farol e Retrato de uma Jovem em Chamas, por exemplo).
E… é isto. Vamos lá!
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Os 10 MELHORES filmes lançados comercialmente no Brasil em 2019:
10. Sócrates (Idem, Brasil, 2019)
A grande virtude de Sócrates é ter incluído, em sua produção, pessoas que vivem diariamente a situação ilustrada pelo diretor Alexandre Moratto, ajudando a refletir seus dramas na tela de forma natural e verdadeira. Além disso, o retrato que o filme faz não só da pobreza, mas da homofobia sofrida pelo protagonista não poderia ser mais impactante, transformando o jovem Sócrates num dos personagens mais memoráveis que o Cinema apresentou este ano.
9. Estação do Diabo (Ang Panahon ng Halimaw, Filipinas, 2018)
Aproveitando cada minuto de suas quatro horas de projeção, o novo filme do filipino Lav Diaz é bem-sucedido em ilustrar a realidade de um país sob ditadura militar, construindo uma atmosfera assustadora e que oscila de maneira propositalmente incômoda entre o realismo da violência retratada na tela e o caráter lúdico das músicas cantadas pelos personagens.
8. Nós (Us, EUA, 2019)
“Encerrando-se com uma reviravolta drástica que, além de mexer com a cabeça do espectador, ainda enriquece tematicamente tudo que o filme havia construído até então, Nós é uma obra que gira em torno de personagens que temem não o ataque de uma criatura assustadora, mas a possibilidade de serem arrastados de volta para uma realidade fria, desalmada e subjugada pelos monstros do mundo real.” – A crítica completa pode ser lida aqui.
7. Homem-Aranha no Aranhaverso (Spider-Man: Into the Spider-Verse, EUA, 2018)
“Tão frenético e dinâmico quanto Speed Racer ou Scott Pilgrim (outras duas obras que brincavam brilhantemente com suas linguagens), este Homem-Aranha no Aranhaverso é uma experiência visualmente fascinante, mas que também não deixa a desejar em seus quesitos narrativos.” – A crítica completa pode ser lida aqui.
6. Assunto de Família (Manbiki kazoku, Japão, 2018)
Jamais tentando emocionar o espectador de forma esquemática ou artificial, o cineasta Hirokazu Koreeda apresenta aqui uma obra incrivelmente calorosa, cheia de afeto e memorável ao retratar a dinâmica entre os personagens – que surgem como familiares capazes de enxergar uns nos outros uma união não apenas importante, mas genuína (eles não estão juntos só pela sobrevivência, mas por realmente se importarem uns com os outros). Além disso, Koreeda mostra a realidade crua, triste e miserável daqueles personagens sem cair na romantização barata, levando o espectador a entender, por exemplo, os pequenos furtos cometidos por eles sem deixar de compreender o que os levou àquelas ações. Um filme que merecia mais visibilidade, sem dúvida alguma.
5. O Irlandês (The Irishman, EUA, 2019)
“Scorsese parece ter chegado a uma fase de intenso autoquestionamento, refletindo a respeito de quem ele foi ao longo de toda a vida, o que conquistou como profissional durante todas estas décadas e – não menos importante – como a ideia de morte lhe soa agora que está muito mais próxima do que estava há, digamos, 30 anos.” – A crítica completa pode ser lida aqui.
4. Ad Astra (Idem, EUA, 2019)
“James Gray é um cineasta inquestionavelmente ambicioso. (…) Aqui, neste belíssimo Ad Astra, ele compara a imensidão do espaço sideral às possibilidades infinitas que existem dentro da cabeça do Homem – até porque a quantidade de galáxias existentes no universo pode até ser imensurável, mas duvido que se iguale ao número de sinapses, memórias e/ou pequenos pulsos que ocorrem na mente de um ser humano.” – A crítica completa pode ser lida aqui.
3. Guerra Fria (Zimna wojna, Polônia, 2018)
“Poucas coisas dizem tanto sobre um indivíduo quanto sua Arte – e a melancolia, em especial, é uma das sensações que mais podem fazer a diferença em uma obra, pois escancara um caráter naturalmente íntimo e pessoal que, por mais que o artista tente escondê-lo, nunca ficará de fora do resultado final. Guerra Fria é um filme que entende isto de forma franca e precisa.” – A crítica completa pode ser lida aqui.
2. Parasita (Gisaengchung, Coreia do Sul, 2019)
“Embora localizado na Coreia do Sul (e buscando retratar a realidade de lá), Parasita coloca seus personagens e sua narrativa no centro de uma discussão a respeito da desigualdade social estimulada pelo capitalismo selvagem, o que já é o suficiente para caracterizá-lo como uma obra bem mais universal do que poderíamos supor. Assim, o novo longa de Bong Joon-ho se apresenta como um retrato da luta de classes em um contexto obviamente sul-coreano, mas que também se reflete em inúmeros outros países.” – A crítica completa pode ser lida aqui.
1. Bixa Travesty (Idem, Brasil, 2019)
“Confrontador sem apelar para táticas óbvias, revelador acerca de um monte de assuntos pertinentes sem deixar de reconhecer que talvez não tenha as respostas para todas as dúvidas do mundo e – não menos importante – capaz de fazer o espectador sair do cinema com uma sensação inequívoca de prazer sem que isto elimine o peso de suas denúncias sociais. E mais: é protagonizado por uma mulher não apenas dotada de uma consciência fascinante, mas também eloquente o bastante para transformá-la em discursos incrivelmente sedutores.” – A crítica completa pode ser lida aqui.
Outras 41 menções honrosas (em ordem ALFABÉTICA):
3 Faces (Se rokh, Irã, 2018)
O Ano de 1985 (1985, EUA, 2018)
Bacurau (Idem, Brasil, 2019)
Border (Gräns, Suécia, 2018)
Brinquedo Assassino (Child’s Play, EUA, 2019)
Cafarnaum (Capharnaüm, Líbano, 2018)
O Clube dos Canibais (Idem, Brasil, 2019)
Coringa (Joker, EUA, 2019)
Creed II (Idem, EUA, 2018)
Deslembro (Idem, Brasil, 2018)
Dois Papas (Two Popes, EUA, 2019)
Dor e Glória (Dolor y gloria, Espanha, 2019)
Em Trânsito (Transit, Alemanha, 2018)
Entre Facas e Segredos (Knives Out, EUA, 2019)
Era uma Vez… em Hollywood (Once Upon a Time… in Hollywood, EUA, 2019)
O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (Terminator: Dark Fate, EUA, 2019)
Fora de Série (Booksmart, EUA, 2019)
As Golpistas (Hustlers, EUA, 2019)
História de um Casamento (Marriage Story, EUA, 2019)
Inferninho (Idem, Brasil, 2018)
Inocência Roubada (Les chatouilles, França, 2018)
John Wick 3: Parabellum (John Wick – Chapter Three: Parabellum, EUA, 2019)
A Juíza (RBG, EUA, 2018)
Los Silencios (Idem, México/Brasil/Colômbia, 2017)
Midsommar (Idem, EUA, 2019)
O Mau Exemplo de Cameron Post (The Miseducation of Cameron Post, EUA, 2018)
Meu Nome é Dolemite (Dolemite Is My Name, EUA, 2019)
No Coração do Mundo (Idem, Brasil, 2019)
Pássaros de Verão (Pájaros de verano, Colômbia/México, 2018)
No Portal da Eternidade (At Eternity’s Gate, Inglaterra/França, 2018)
Rocketman (Idem, Inglaterra, 2019)
Se a Rua Beale Falasse (If Beale Street Could Talk, EUA, 2018)
Shazam! (Idem, EUA, 2019)
Suspiria (Idem, EUA, 2018)
Torre das Donzelas (Idem, Brasil, 2018)
Toy Story 4 (Idem, EUA, 2019)
Turma da Mônica: Laços (Idem, Brasil, 2019)
Varda por Agnès (Varda par Agnès, França, 2018)
A Vida Invisível (Idem, Brasil, 2019)
Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame, EUA, 2019)
Wi-Fi Ralph: Quebrando a Internet (Ralph Breaks the Internet, EUA, 2018)
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Os 10 PIORES filmes lançados comercialmente no Brasil em 2019:
10. Green Book (Idem, EUA, 2018)
“Exibindo a mentalidade de alguém (branco) que não entende a dimensão real do racismo e tenta resolvê-lo através de um apaziguamento artificial, Green Book reproduz a máxima de que “somos todos iguais” e ignora o fato de que, ao longo de séculos, os negros foram massacrados, escravizados e subjugados por serem… negros. Assim, sem querer, o filme acaba ‘passando pano para racistas’ – e não acho que o faça por maldade; apenas por não compreender exatamente o assunto que se propõe a discutir.” – A crítica completa pode ser lida aqui.
9. Star Wars – Episódio IX: A Ascensão Skywalker (Star Wars – Episode XI: The Rise of Skywalker, EUA, 2019)
“Se existisse um filme inteiramente criado a partir de algoritmos, este seria A Ascensão Skywalker. (…) Um produto que seguiu à risca uma checklist feito para atender à demanda de seus consumidores mais reclamões, não demonstrando interesse algum em criar algo que julgue eficiente dentro de suas próprias vontades artísticas.” – A crítica completa pode ser lida aqui.
8. Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal (Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile, EUA, 2019)
Este filme é um caos absoluto. Simples assim. Por mais que as atuações tentem trazer alguma dignidade ao projeto, este nem se preocupa em mostrar quem foi Ted Bundy, simplesmente ignorando algumas das etapas mais importantes de sua trajetória particular, criando uma série de lacunas no desenvolvimento da narrativa e dos arcos individuais dos personagens e retratando um dos serial killers mais conhecidos da História de forma irresponsável, inconsequente e beirando a romantização. Sim, Bundy era charmoso, mas o filme não se restringe a ilustrar isto; ele literalmente tenta fazer o espectador ficar em dúvida em relação à culpabilidade do protagonista (o que, além de moralmente questionável, é também um esforço dramático inútil, já que todos sabemos que ele de fato era um assassino). Para piorar, a montagem e a direção fazem jus à bagunça contida no roteiro, resultando em um dos piores filmes de 2019.
7. Hellboy (Idem, EUA, 2019)
“Tentando atingir um público um pouco mais velho do que aquele almejado pelas adaptações de Guillermo del Toro (que sequer continham sangue, palavrões ou insinuações sexuais), o novo Hellboyparece acreditar que o adulto de hoje vai se derreter por qualquer piadinha imbecil que envolva violência, palavrões, baixarias e menções a redes sociais e/ou a aplicativos populares – o que o filme não entende é que, para estas tentativas de humor funcionarem, elas precisam ser engraçadas (duh!).” – A crítica completa pode ser lida aqui.
6. Cópias: De Volta à Vida (Replicas, EUA, 2018)
Bastou assistir a 10 minutos de Cópias: De Volta à Vida para ter certeza absoluta de que, ao final de 2019, estaria em minha lista dos piores filmes que vi no ano em questão. E, conforme a projeção foi avançado até chegar ao fim, a minha percepção inicial não mudou nem um pouco. Trata-se de uma obra carregada dos piores efeitos digitais possíveis, dos diálogos mais ofensivamente tolos do mundo e de uma performance notavelmente constrangida de Keanu Reeves, além de jamais conseguir estabelecer seus conceitos de ficção científica com cuidado. Um horror! – Os comentários que gravei em vídeo podem ser vistos aqui.
5. Rambo: Até o Fim (Rambo: Last Blood, EUA, 2019)
“Mais uma superprodução norte-americana que insiste em reforçar a visão estereotipada que boa parte do mundo tem acerca do México e dos mexicanos em geral, (…) Rambo: Até o Fim é um subproduto da Era Trump saindo sob medida.” – A crítica completa pode ser lida aqui.
4. Socorro, Virei uma Garota! (Idem, Brasil, 2019)
Thati Lopes é uma atriz carismática e bem humorada – disso eu não tenho a menor dúvida. Infelizmente, Socorro, Virei uma Garota é uma obra que faz questão de sabotar todos os esforços de sua protagonista, transformando-a em uma sub-Tatá Werneck sufocada por diálogos patéticos, conflitinhos dramáticos imbecis e mensagens que se dizem progressistas, mas que são comunicadas da forma mais covarde possível. Argh!
3. Chorar de Rir (Idem, Brasil, 2019)
Há uma coisa que me irrita mais do que assistir a um filme ruim: assistir a um filme que tinha boas ideias no começo, mas que preferiu jogá-las no lixo a fim de se tornar mais um produto de péssima qualidade no meio de tantos outros. Depois de demonstrar alguma ambição durante a meia hora inicial, Leandro Hassum resolve simplesmente abandoná-las e se entregar ao velho humor sem graça de sempre. Ou seja: é um filme que poderia ter sido interessante, mas que tomou conscientemente a decisão de ser ruim.
2. Cats (Idem, EUA, 2019)
Tom Hooper sempre foi um diretor medíocre, mas que soube se vender lá no comecinho da década de 2010 (a ponto de ter vencido inexplicavelmente o Oscar por O Discurso do Rei). Desta vez, porém, ele se superou: Cats é uma das coisas mais grotescas, narrativamente tediosas e tecnicamente vergonhosas que eu lembro de ter visto nos últimos anos. É impressionante como nada funciona aqui, transformando-se em um constrangimento de duas intermináveis horas.
1. 1964: O Brasil Entre Armas e Livros (Idem, Brasil, 2019)
“Produzido pelo Brasil Paralelo, este documentário de Filipe Valerim e Lucas Ferrugem se diz isento e imparcial, porém claramente tenta convencer o espectador de que o golpe de 1964 não foi um golpe e que o regime militar (leia-se: ditadura) não foi tão ruim assim – e, para isso, os realizadores investem em uma série de mentiras, desinformações, manipulações descaradas e argumentos baseados em nada, tornando-se particularmente estúpido em seus esforços.” – A crítica completa pode ser lida aqui.
Outras 22 menções desonrosas (em ordem ALFABÉTICA):
After (Idem, EUA, 2019)
Boas Intenções (Les bonnes intentions, França, 2018)
Corgi: Top Dog (The Queen’s Corgi, Bélgica, 2019)
Doutor Sono (Doctor Sleep, EUA, 2019)
Duas Rainhas (Mary Queen of Scots, Reino Unido, 2018)
Eu Sou Mais Eu (Idem, Brasil, 2019)
Godzilla II: Rei dos Monstros (Godzilla: King of the Monsters, EUA, 2019)
Horácio (Idem, Brasil, 2019)
Invasão ao Serviço Secreto (Angel Has Fallen, EUA, 2019)
Malévola: Dona do Mal (Maleficent: Mistress of Evil, EUA, 2019)
Medo Profundo: O Segundo Ataque (47 Meters Down: Uncaged, EUA, 2019)
MIB – Homens de Preto: Internacional (MIB: International, EUA, 2019)
Midway: Batalha em Alto Mar (Midway, EUA, 2019)
Minha Mãe é uma Peça 3 (Idem, Brasil, 2019)
Uma Nova Chance (Second Act, EUA, 2018)
O Parque dos Sonhos (Wonder Park, EUA, 2019)
Predadores Assassinos (Crawl, EUA, 2019)
Projeto Gemini (Gemini Man, EUA, 2019)
Rainhas do Crime (The Kitchen, EUA, 2019)
A Rebelião (Captive State, EUA, 2019)
Tolkien (Idem, Inglaterra, 2019)
X-Men: Fênix Negra (Dark Phoenix, EUA, 2019)