Wicked | Crítica
Me surpreendeu ao revelar detalhes sobre o passado das personagens de O Mágico de Oz que eu sinceramente não esperava que valessem a pena descobrir, enriquecendo a obra original em vez de enfraquecê-la.
Me surpreendeu ao revelar detalhes sobre o passado das personagens de O Mágico de Oz que eu sinceramente não esperava que valessem a pena descobrir, enriquecendo a obra original em vez de enfraquecê-la.
Mesmo contado com momentos divertidos e ideias interessantes aqui e ali, estas quase sempre terminam sobrecarregadas pelo tanto de elementos simplesmente recauchutados do original – mas sem jamais atingirem a mesma força.
Machuca como uma ferida que se abriu de repente, sem sabermos exatamente de onde veio ou o que a provocou, e cujo sofrimento continua a se prolongar por décadas sem jamais cicatrizar.
Este novo trabalho de Richard Linklater se apresenta como uma obra profundamente interessada pelo ato de interpretar, de performar algo que não é, tornando-se um filme que justamente conquista por ser tão inspirado.
Menina de Ouro é um filme que empolga por criar esperanças e, depois, dilacera por mostrar como todas essas esperanças estão condenadas à dor, ao
Voltando a criar um mundo impressionante em sua imaginação, esta continuação expande bem o universo do original à medida que melhor compreende seus personagens e os sentimentos destes.
Um exemplo raro de uma prequel que funciona de forma praticamente impecável, retornando e se mantendo fiel às marcas registradas da série criada por George Miller, mas ao mesmo tempo aproveitando para expandi-la e renová-la.
Em tempos em que Hollywood e o próprio público parecem cada dia mais conservadores em sua maneira de discutir o sexo, o flerte e o desejo, é um alívio ver Luca Guadagnino criar um filme que transborda, na falta de um termo melhor, tesão.
Não importam as dúvidas sobre o que é real e o que é ilusório; sobre o que é documentação e o que é ficcionalização. No fim das contas, o que sobra na obra-prima de Abbas Kiarostami é o homem. E o Cinema.
Às vezes parece um exemplar “menor”, menos ambicioso e um pouco menos eficaz – mas segue indicando que a série tem vida longa pela frente.
Animação da Sony com alma de Illumination, a nova aventura do gato mais famoso das tirinhas em quadrinhos cria uma narrativa tão caótica que sobra pouco espaço para Garfield esbanjar sua personalidade e seu carisma habitual – o que é uma pena.
Uma surpresa curiosa que se aproveita bem de sua ambientação e do equilíbrio entre o mundano e o fantasioso, entre o “pé no chão” e o absurdo quase lisérgico, a fim de ilustrar como um amor pode corroer se for intenso demais.
Como espetáculo de ação, Guerra Civil é uma obra tecnicamente eficiente. Como tese – que obviamente tenta ser – sobre algum tema mais amplo, é um filme que reflete as velhas e costumeiras limitações de Alex Garland.
Não é uma experiência tão torturante quanto algumas das últimas produções do MCU, mas, ainda assim, nunca deixa de ecoar o cansaço que acometeu a franquia e o desespero para manter-se relevante.
Um filme que funciona por abraçar o nonsense da própria premissa com um entusiasmo contagiante e que, por incrível que pareça, se perde apenas ao julgar precisar de uma trama excessivamente complicada.