Wicked | Crítica
Me surpreendeu ao revelar detalhes sobre o passado das personagens de O Mágico de Oz que eu sinceramente não esperava que valessem a pena descobrir, enriquecendo a obra original em vez de enfraquecê-la.
Me surpreendeu ao revelar detalhes sobre o passado das personagens de O Mágico de Oz que eu sinceramente não esperava que valessem a pena descobrir, enriquecendo a obra original em vez de enfraquecê-la.
Mesmo contado com momentos divertidos e ideias interessantes aqui e ali, estas quase sempre terminam sobrecarregadas pelo tanto de elementos simplesmente recauchutados do original – mas sem jamais atingirem a mesma força.
Machuca como uma ferida que se abriu de repente, sem sabermos exatamente de onde veio ou o que a provocou, e cujo sofrimento continua a se prolongar por décadas sem jamais cicatrizar.
É estranho perceber como, a cada nova ideia que o filme tenta abarcar, mais paradoxalmente vazio ele parece se tornar.
Divertida, tocante e ambiciosa, esta nova produção da Pixar é um lembrete de como devemos aproveitar a vida sem nos deixar definir apenas por sonhos eternos ou pela busca por um propósito.
Já seria um caça-Oscars ordinário o bastante caso dirigido por um cineasta inexpressivo. Que seja dirigido pelo geralmente brilhante David Fincher só torna a decepção pior ainda.
É uma pena que, em sua versão live-action, Mulan tenha se tornado uma heroína sem personalidade e que tem suas decisões tomadas pelos outros (sejam estes os homens da trama ou… bom, o “destino”).
Nem sempre consegue se equilibrar entre a austeridade habitual de Christopher Nolan e o descompromisso de um James Bond.
Mais interessado na morte do que na vida de Babenco, este documentário de Bárbara Paz é um lembrete de como a vida é efêmera mesmo para ícones como o cineasta biografado.
Uma obra genérica que tenta, de forma cínica, esconder sua falta de personalidade disfarçando-se de filme de terror.
Sob disfarces, Borat acaba paradoxalmente desmascarando o que há de pior nos Estados Unidos em 2020.
Em termos de gênero, Borat merece aplausos não só por sua imaginação, mas também – e principalmente – pela ousadia de colocá-la em prática; em termos de comentário social, é cirúrgico como poucos poderiam ser.
Longa de estreia do neozelandês Peter Jackson, esta é uma obra genuinamente fascinada pela própria oportunidade de ser trash.
Uma obra eficaz em sua construção, mas que se destaca também ao marcar importante posição em favor das ancestralidades culturais e artísticas do Brasil.